sábado, 30 de junho de 2007

mais do que quatro minutos...





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Eu fiquei pronta às 22 horas. Ele só veio me buscar lá pelas 22 e tantas, mas não foi problema. Passamos no supermecado e comprei duas cervejas e meus cigarros. Malboro light, só por disfarce. Ele ficou me esperando no carro, fumando. Encontrei a Beta, a Bricia e o cabelo do Samuel. Que maravilha! Ele devia adotar aquele estilo pra sempre. Trancinhas de raiz, estilo rapper ou jogador de basquete, uns brilhantes nas orelhas; ficou um charme! Bem que desconfiei que ele estava deixando o cabelo crescer pra esse fim. A fila do supermercado estava enorme e eu só tinha duas cervejas. Esperei outro caixa abrir. 6,98 - passa no cartão, crédito, por favor. Meu cartão de crédito tá quase no limite, preciso de dinheiro vivo pra pagá-lo. Os cartões de créditos só são um modo de adiar o pagamento, facilitar o pagamento, mas mesmo assim não conseguimos fugir do dinheiro vivo, pra efetuar o pagamento, do cartão claro. Tô começando a odiar essa idéia, até porque não tenho emprego. Voltei pro carro, Ele já tinha fumado. Vibrou quando viu a cerveja (é a preferida d'Ele) e saimos. Ele dirige muito rápido, dá um "géla" às vezes. Chegamos e foi difícil conseguir estacionamento. Ele logo viu um amigo, o Bruno, no estacionamento. Perguntou onde ele tinha estacionado e era do outro lado. Fomos, estacionamos, descemos e encontramos com o Phillip (lê-se fí-lí-pí) e o Rudy (apelidinho carinhoso, diminutivo do nome dele: Rudney) os dois comendo cachorro-quente maroto e o Marcus (com U) acompanhando. Depois chega o Bruno novamente com o Marcos (com O), outro amigo d'Ele. Todos se cumprimentam. O Phillip me dá uma balinha terrível, a de canela. Acho que é a que eu menos gosto, isso porque eu ainda insisti que ele me desse a bendita (ou seria maldita?). Tento ensinar o Rudy a soltar fumaça de cigarro pelas narinas: não foi um sucesso. Fizemos um social, o Marcus teve que ir embora (ele é trombonista e toca numa banda, ia pra Pirenópolis naquela noite) e entramos todos: eu, Ele, Marcos, Phillip, Rudy e Bruno. Lugar apertadérrimo, cheio de gente, música alta, fumaça, um mix de cheiros e luzes, pessoas se pegando forte. Na entrava, estava o Geléia, cumprimentei e conheci a namorada dele. Demos uma volta, eu guiei a "galhera", o Rudney já tinha se achado, encontrou com o Gustavo (tchãm tchãm tchãm tchãm: presidente!) e só depois nos juntamos todos. Um cara super chato tava sentado numa mesa com a mulher, totalmente estou-num-bar-não-numa-boate-não-me-toque. Não estava gostando do pessoal perto, e quando eu encostava e pedia desculpas, ele vinha com uma cara de ranzinza. Inventou que eu joguei cinzas na cabeça dele, e então eu chamei o povo pro'tro canto. Eu que animava os meninos e na rodinha, quatro homens e eu de mulher, até ganhei abraço coletivo. Dancei com a maioria dos veteranos, adorei a companhia de cada um. Fiz o Phillip ficar mais dançando com uma uma veterana (ele tava preocupado porque tinha que levar o pai às 6 no aeroporto). Se pegaram legal, acabou que eu fui embora antes dele. Fora a caipiroska no decote, eu bebendo cerveja dos meninos, fumando junto com o Phillip (quê qué isso minha gente!!!), Bruno e Marcos acabando com o cigarros d'Ele, socos no saco (eu não entrei nessa brincadeira), papos de pegação (e aí, Bruno, vai pegar ou não meu filho? desenvolve!!!), beijinhos na mão, ponta de cigarro queimando pele de leve, dançando até o chão, Gustavo louco demais dançando loucamente, veteranos batendo no teto, veteranos vomitando, cadeira no centro da roda, bagunça generalizada e muita, mas muita diversão. Saí de lá pra ganhar tempo, umas 4, acho. Passamos no Sky's (freaking awesome junky food!) e depois ficamos conversando sobre flores, orquídeas, rosas, espíritos, psicanálise, filmes, floriculturas, eu e Ele. Fomos pra Ponte JK, a intenção era ver o sol nascer. Ele não aguentou e me deixou em casa. Minha chave prendeu no porta-luvas, e eu, sem querer, quebrei o chaveiro que eu mais gosto, que meu pai tinha me dado. Cheguei umas 6:20, peguei o jornal na garagem e quando fechei a porta de casa, lembrei que esqueci minha presilha de libélula no bolso dele. Pensei em ligar, mas sabia que ele ia me mandar mensagem. Abri o jornal, e a manchete foi que acharam o corpo da garota desaparecida. Isso me faz refletir sobre o que o ser humano, bicho-humano, é capaz de fazer. Entendo perfeitamente a preocupação da minha mãe quando saio. Li o jornal um pouco, e ouvi o barulho dos passos da mama descendo as escadas. "Chegou agora filha?", sim mama, "Como foi lá?", divertido mama, vou dormir. Subi as escadas e o meu gato miava desesperadamente. Quando entrei no quarto foi só alegria dele. Fui direto pro banheiro, tirei as sandálias e lavei meus pés. Água preta. Tinha dançado descalça na boate a maioria do tempo. Tirei a roupa, coloquei outra, peguei meus cobertores e deitei. O telefone toca, mensagem recebida. Era ele dizendo que eu tinha esquecido minha libélula e desejando bons sonhos. Eu sabia... nem preocupei. É mais um motivo pra outro encontro. Como foram meus grampos no primeiro dia. Deitei, esquentei meus pés, dormi como uma pedra.
Acordei no susto às 15 horas.
Hoje é outro dia.


Eu desejo desapego.


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quinta-feira, 28 de junho de 2007

uma foto, quatro minutos.

.quatro minutos.
<3

lá vem o stress...








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Acordei hoje com uma cólica muito doida. As cólicas são assim: acontecem durante uns três ou quatro dias de um mês durante o período menstrual, dóem pra caramba e nos deixam indispostas e infladas. Meninas, só vocês sabem do que estou falando. Pior do que a cólica, só a famosa TPM (tensão pré-menstrual), aquele stress todo que envolve uma série de fatores, principalmente psicológicos, que os homens não entendem e só sabem que ela ocorre quando levam tapa-na-cara, chutes, socos, arranhões, palavrões grátis. Um conselho meninos: saiam de baixo e sejam super-ultra-mega delicados com as meninas.

É a vida feminina, somos delicadas e ao mesmo tempo atacadas! E "ai!" de quem não aguente.

Torçam pra que essa minha cólica passe logo porque sexta eu tenho uma festa pra ir.
Boa quinta-feira!



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domingo, 24 de junho de 2007

e o dia voa...





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Sem inspiração. Coloco um cedê que ganhei de presente e logo penso em algo pra pensar. Casa pré-fabricada é a música do momento, e o olhar retrata tudo aquilo que eu buscava em um olhar. Único, singelo, carinhoso, brilhante, encantador, profundo. São tantos adjetivos pra um olhar somente, que é difícil escolher os melhores que se encaixam perfeitamente. Num piscar de olhos, e quando eles se abrem, segue todo o rosto, lábios, olhos, nariz, queixo, orelhas; a mão acompanha. Sete horas chegam a ser insuficientes pro lado-a-lado, carinho, carícias, beijinhos. É o indispensável ao ser, ao ser humano, ao humano-amor. Amor que é carinho, carinho que é paixão e que não larga, não sai, não desgruda e sempre quer mais.

Por hoje, é isso.

"Cobre a culpa vã, até amanhã eu vou ficar."



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terça-feira, 19 de junho de 2007

dicas úteis-inúteis.






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como abrir um sutiã com alças removíveis, em três passos:









1º: verifique se o mesmo encontra-se parado.











2º: puxe o a alça da esquerda (ou da direita, depende de onde vem as mãos) para cima.










3º: e pronto! o sutiã está livre, leve e solto.


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poeminha:
"deixa o amanhã e a gente sorri (...)

clareia minha vida, amor, no olhar"


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sábado, 16 de junho de 2007

a caloura e o veterano.






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caloura: - quer um carinho na barba?

veterano: - eu aceito.

caloura: - mia gatinho, mia...



"vou levando assim, que o acaso é amigo do meu coração.
quando falo comigo, quando eu sei ouvir..."



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sexta-feira, 15 de junho de 2007

a visão fotográfica.







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É engraçado como a percepção sobre o mundo de alguém que se interessa muito por fotografia, muda. Você passa a olhar com outros olhos tudo aquilo que parece ser normal para as pessoas normais. O fotógrafo ou aprendiz de fotógrafo tem outra interpretação do cotidiano. Pelo menos pra mim é assim.
Ontem tive que pegar uma van (usarei o termo "lotação", o mais usado por aqui) até o trabalho. Meu pai é meu chefe, ele teve que sair mais cedo que o normal e "infelizmente" eu não tinha acordado ainda. Lá vou eu: a lotação passa pelo Guará 1 (onde eu moro), vai até o Guará 2, passa pelo Parkshopping, por fora da Candangolândia, passa por todas as avenidas do Núcleo Bandeirante, depois passa por fora do Riacho Fundo e finalmente chega ao meu destino, Pistão Sul de Taguatinga (logo que entra no Pistão Sul, tem uma fábrica de café, o cheirinho é uma delícia!). Eu levo mais ou menos uma hora pra chegar até o trabalho, sem congestionamento. Mas, o ponto em que eu quero chegar é esse: eu nunca estive tão emocionada de poder passar pelo Núcleo Bandeirante. Sempre que vou de lotação olho minunciosamente todos os detalhezinhos desse lugar, que pra mim parece mais uma vila do interior. O lugar é como doce pra criança, ou melhor, câmera para fotógrafo.O Bandeirante (ou Bam-bam pros mais íntimos) é a única "cidade"* que é cheia de rotarórias, balões, queijinhos. Deixa muita gente tonta. Além disso, há também as crianças soltando bolinhas de sabão na rua enquanto caminham-pulando no meio-fio; os tiozinhos mais styles passeando com o seus camelos (lê-se: bicicletas) moderníssimos, o banco de couro fazendo franjinha nas bordas, espelhinhos retrovisores, buzina de metal, a boina revestida de xadrez, os óculos de armações caramelo, tem também o carro que bateu na placa que ninguém-sabe-como aconteceu, pois o trânsito é tão tranquilo, mas meio apertado; os pontos de ônibus que são indicados por aquela famosa plaquinha (aqui em Brasília quase não existe mais isso) e fazem os ônibus e lotações pararem no meio da pista; os cobradores das lotações, "batem o ponto" durante o percurso, e lá no Bandeirante tem caixinha pra bater ponto justamente numa vendinha super velhinha, mas tem-de-tudo, quase não dá pra se ver o que tem do lado de dentro: desde coalhada até pimenta, vassouras, salgados, chips, refrigerecos, etc, tudo muito barato. O dono fica sentado numa cadeira de praia embaixo de uma árvore enorme que cobre a venda fazendo uma sombrinha gostosa, olhando os cobradores correndo pra bater o ponto na caixinha embutida. As casas mais antigas eram feitas de madeira corrida, ainda tem uma lá num terreno quase baldio. Indo embora, dá pra ver o pessoal na pracinha central, conversando e palitando os dentes. Tem também aqueles caras no estilo mafioso-humilde, chinelão, uma camisa cavada apertando a barriga enorme, bermuda e cabelo cumprido, amarrado no rabo-de-cavalo. E muito mais...

Enfim, ainda não tive oportunidade de fotografar por lá, mas sempre que passo sinto uma imensa vontade de descer da lotação, e percorrer a "cidade"* todinha a pé e poder fotografar tudo o que meus olhos e minha percepção disser pra fotografar.


* "cidade", está entre aspas porque é como se fosse um bairro de Brasília (para entendimento geral). Não existe mais o termo "Cidades Satélite", agora é Região Administrativa.




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quarta-feira, 13 de junho de 2007

na volta pra casa...







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"abre os teus armários, eu estou a te esperar, para ver deitar o sol sobre os teus braços, castos. cobre a culpa vã, até amanhã eu vou ficar e fazer do teu sorriso um abrigo. canta que é no canto que eu vou chegar, canta o teu encanto que é pra me encantar. canta para mim, qualquer coisa assim sobre você, que explique a minha paz. tristeza nunca mais. mais vale o meu pranto que esse canto em solidão, nessa espera o mundo gira em linhas tortas. abre essa janela, a primavera quer entrar pra fazer da nossa voz uma só nota. canto que é de canto que eu vou chegar, canto e toco um tanto que é pra te encantar. canto para mim qualquer coisa assim sobre você que explique a minha paz. tristeza nunca mais."




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terça-feira, 12 de junho de 2007

no dia dos namorados...







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... uma imagem vale mais do que mil palavras.



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segunda-feira, 11 de junho de 2007

pensamentos, lembranças, paixões, vida & inspiração.







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já parou pra pensar no que você se inspira pra viver? pode ser numa única flor pisoteada no chão, numa personalidade reconhecida pelas lutas em prol do mundo melhor, num objeto que você tem, em alguma cidade que vistou, em alguma pessoa com quem passou tempo suficiente pra descobrir o amor, nos seus pais, no seu animal de estimação, nas experiências vividas, na sua rotina, no seu chefe, naqueles amigos que estão longe ou nos que estão perto, nos relacionamentos do passado ou do presente, das lições que alguém te ensinou, nas pequenas e ótimas lembranças que teve uns anos atrás, na constante mudança que o mundo te proporciona, nas fotografias que você tira, nos outros jogadores de ioiô, nos dançarinos de hiphop, de outros grafiteiros e artistas urbanos, em outros djs, bailarinas, dançarinas, pianistas, poetas, professores, jornalistas, publicitários, médicos, dentistas, veterinários....


... afinal, a vida é um ciclo sem fim.

viva-a, aproveite-a, sonhe.



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domingo, 10 de junho de 2007

a inveja não é plena, mata a alma e a invenena.





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só escrevo quando me dá na telha.
ultimamente tá dando, e muito. acho que sempre foi a falta de poder me expressar no álbum-diário por conta de outras pessoas. aqui não, aqui eu tenho espaço. me sinto melhor tendo um blog. mas sei que ainda há pessoas olhando aqui e querendo, de uma forma ou de outra me julgar. não soube explicitamente de nenhum caso, mas tenho cer-te-za que sempre vai ter alguém, que vai vir aqui, olhar e falar. mas eu não me importo, pois sei quais são as pessoas e o que elas têm na cabeça. não tô falando dos leitores que gostam do que eu escrevo, mas sim sobre aqueles que são insatisfeitos com eles mesmos e querem que outras pessoas paguem o pato por isso. é inveja e ignorar é a melhor maneira de não pagar o pato por eles.

por isso tudo e mais um pouco: eu ignoro.



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sábado, 9 de junho de 2007

a sensação: palavras digitadas






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depois de anos que conhece ele, aquela sensação de querer saber mais sobre ele só cresce e então você decide conversar sobre outro tipo de assunto. começa com umas gracinhas, piadinhas, risos aqui e ali. a sensação é ótima. saber um pouco mais de quem você convive virtualmente e não carnalmente (pela distância), é mágico. de repente você percebe que aquela pessoa é mais que aquelas coisas boas que você tinha imaginava. e a cada dia, uma nova descoberta, a cada dia cresce a vontade de estar ao lado dele novamente e vê-lo de outra forma, tomando um café gostoso num friozinho de noite, e a cada dia outro assunto, outra novidade, outra vontade de poder deitar-me com ele e dar risada das coisas que antes a gente não tinha coragem de falar um pro outro, pela timidez mesmo, mais da parte dele do que da minha. desejos, sair daqui e poder passar tarde inteiras, os dois deitados na grama olhando pro céu, falando besteira. papeado coisas absurdas, outras nem tanto.

sensações inimagináveis se tornaram quase reais.
quase, por enquanto.


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sexta-feira, 8 de junho de 2007

"sonho de adolescente não é realidade"





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ando sonhando com aquelas noites, em que via ele mais lindo do meu lado, dormindo meio-acordado, sussurrando um "eu te amo" que fazia penetrar pelos meus ouvidos, chegando até o coração num leve e delicado ar de romantismo, tomando todo o meu corpo. eu fingia dormir, ouvindo aquelas palavras que faziam minh'alma saltar de felicidade. quando calava, os espasmos não enganavam que ele estava no décimo terceiro sono da noite. mas logo pela manhã virávamos um pro outro, era como um uníssono dar bom dia e dizer que éramos as luzes das nossas vidas queridas. falávamos um para o outro. nos beijávamos e o leve gosto de sangue que saía das gengivas dele durante a noite, deixava o beijo mais doce, mais forte. e eu sabia que era ele, ele mesmo era quem eu queria pra mim, pra vida toda. sempre tive esse desejo, ou seria mais um sonho de adolescente? a filha seria chamada de flor da primavera, casaríamos um dia distante daqui, teríamos vidas completamente felizes e inseparáveis.

depois de quase três anos vejo tudo tão diferente, tantas mudanças, tantas decepções pessoais, tanta coisa que me fez perceber que já foi, já era.

prefiro continuar assim e ficar com quem meu coração disser pra ficar.


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