sábado, 28 de julho de 2007

acompanhar o vento...






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Eu não tenho inspiração. Tudo o que eu queria agora era uma boa leitura, diferente de tudo que já li, uma grama num parque, aquele sol de fim de tarde num crepúsculo lindo embaixo de uma árvore, esparramada numa toalha de pic-nic com a cabeça voltada ao céu, lendo o meu livro diferente, ouvindo uma música boa. Em volta, pessoas que não ligam pro que eu penso, o que eu acho disso ou daquilo, que não me conhecem, que não se importam com a minha presença e que me deixem dentro da minha e só minha paz. Eu queria inspiração. Pra poder escrever melhor, tocar meu teclado do nada, ocupar minha cabeça com coisas não-banais, não-viajantes, desinteressantes, pra poder gostar ainda mais dos momentos, achar uma especialidade de cada um, aproveitá-los de forma a não me preocupar com o que vão pensar, achar, imaginar de mim.

Acho que tudo isso é somente um fruto da minha imaginação frações de segundo antes da minha morte.
Hoje preciso tirar umas fotos e ir onde o vento for...


"Eu encontrei-a quando não quis mais procurar o meu amor e o quanto levou foi pra eu merecer antes um mês e eu já não sei. E até quem me vê lendo jornal
na fila do pão sabe que eu te encontrei e ninguem dirá que é tarde demais que é tão diferente assim. Do nosso amor a gente é que sabe pequena. Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém afim de te acompanhar e se o caso for de ir a praia eu levo essa casa numa sacola. Eu encontrei e quis duvidar, tanto clichê deve não ser. Você me falou pra eu não me preocupar ter fé e ver coragem no amor. E só de te ver eu penso em trocar a minha tv num jeito de te levar a qualquer lugar que voce queira e ir onde o vento for que pra nos dois sair de casa ja é se aventurar. Me diz o que é o sossego que eu te mostro alguém afim de te acompanhar e se o tempo for te levar eu sigo essa hora eu pego carona
pra te acompanhar."



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